O empreendedorismo, hoje, está na moda. No entanto, abrir um negócio não é a única opção para extravasar esse seu perfil. Você pode trabalhar em uma companhia e mesmo assim ter atitude de dono de empresa. É o que chamamos de empreendedorismo corporativo.
Cada vez mais, as organizações estão buscando funcionários com esse tipo de talento: pessoas que idealizam um novo produto ou processo e movem mundos e fundos para colocar sua ideia em prática valem ouro no mercado.
O exemplo mais típico é o de Arthur Fry, que há 30 anos desenvolveu o post-it, da 3M. As más línguas dizem que é o único exemplo. Exageros à parte, a verdade é que ainda é muito difícil encontrar companhias com uma cultura que apoie e incentive o empreendedor.
Apesar dessa dificuldade, nada impede que você, como líder de uma área, comece a incentivar essa prática entre seus funcionários. Marque reuniões específicas para ouvir as ideias deles, reconhecendo as melhores. Crie indicadores que mensurem a criação de novos modelos de produção.
Faça com que seus subordinados troquem de tarefas entre si, experimentando novas funções e tendo uma visão mais global do seu setor.
Isso evita a formação dos feudos -funcionários que passam anos e anos na mesma função e não admitem qualquer mudança na condução do trabalho.
Outra ação importante é registrar as sugestões dos funcionários. Talvez hoje elas não sejam viáveis mas, no futuro, com alguma modificação, podem se tornar plenamente factíveis.
É sempre bom lembrar do exemplo de Leonardo da Vinci, que em sua época concebeu produtos como asa delta ou lentes de contato, que seriam viabilizadas alguns séculos depois.
Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação.
FONTE: http://zip.net/brmLVP
Publicada originalmente em 19/05/2013 02h00
Nenhum comentário:
Postar um comentário