Muitos têm questionado o quanto a Copa do Mundo e a Olimpíada poderão alavancar o os novos negócios no Brasil.
Não há dúvidas que os eventos desenvolverão uma série de empresas, desde os grandes consórcios que participam das construções de estádios até os negócios que fornecerão transporte, hotelaria e outros serviços aos participantes dos jogos.
No entanto, a Copa e a Olimpíada vão durar apenas um mês. A grande maioria dos negócios abertos durante esse período fechará nas semanas seguintes. Não são estes eventos, por si só, que levarão a economia a outro patamar, mas sim, os benefícios que eles podem trazer ao país.
A África do Sul é um bom exemplo. Os anos de Apartheid praticamente isolaram esse país como destino turístico. A Copa do Mundo de 2010 foi uma ótima oportunidade para o país se mostrar uma nação segura, com um povo receptivo e muitas atrações.
O resultado é que, em 2012, o número de turistas em relação ao ano anterior aumentou 10,2%, duas vezes mais que a taxa de crescimento médio do turismo mundial.
Outro exemplo é Barcelona. Os investimentos feitos na cidade por ocasião da Olimpíada de 1992 acabaram a transformando em um dos destinos preferidos de quem vai à Europa.
O Brasil deve aproveitar os jogos para mostrar que é um destino seguro, oferecendo serviços de qualidade. Neste ciclo, o empreendedor tem uma participação importante, ao desenvolver negócios inovadores e criativos, que prestam serviços de qualidade, a um preço justo.
Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação.
FONTE: http://zip.net/bfmNRz
Publicado originalmente em 01/12/2013 03h00
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