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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Franquia não é bagunça

É nítido o crescimento que o setor de franquias vem experimentando já há alguns anos no país. No entanto, todo o barulho feito pela mídia em torno do tema acaba gerando uma falsa impressão de que esse é um negócio sem riscos, no qual trabalha-se pouco e ganha-se muito. Obviamente que isso não é verdade.

Adquirir uma franquia traz muitas vantagens, e a principal delas é poder usar uma marca reconhecida mesmo se você for um empreendedor iniciante. Além disso, recebe-se conhecimento de forma estruturada, que levou anos para a empresa franqueadora conseguir reunir. Por isso os riscos são minimizados, e a chance de o negócio falir é menor.

É lógico que há algumas desvantagens também. Se você for iniciante no ramo, será muito difícil comprar uma franquia de uma marca mais consolidada, principalmente se a loja estiver em pontos muito disputados. Os franqueadores vão preferir alguém com mais experiência, como alguém que já seja franqueado da rede, por exemplo. Você também terá de seguir padrões rígidos para manter a uniformidade da marca, o que irá limitar sua criatividade.

Se você pensa em adquirir uma franquia, é importante pesquisar muito. Vá às feiras, converse com franqueadores, com outros franqueados, faça pesquisas por contra própria, enfim, procure se inteirar bem do mercado em que quer entrar.

E, antes de tudo, escolha um setor que tenha a ver com você, que lhe traga motivação. Afinal, como em todo o negócio próprio, você terá que trabalhar muito!

 

Divulgação

Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1213670-franquia-nao-e-bagunca.shtml (Publicado em 13/01/2013-05h59)

Contador é o caro que sai barato

Toda a escolha de funcionário ou colaborador que irá prestar serviços à sua empresa deve sempre ser feita com muito cuidado.

Mas a do contador deve ter cuidados redobrados.

Se você pensa em abrir uma empresa, não economize na hora de contratar esse profissional, principalmente para tratar do processo de abertura da empresa.

Procure alguém com experiência e com boas referências no mercado.

Nosso direito é subjetivo, e um profissional competente pode fazer com que você economize um bom dinheiro em tributos e impostos. As alíquotas dos tributos variam muito de acordo com o tipo de empresa, localização, personalidade jurídica e apenas um profissional que conheça bem a área poderá te explicar os prós e contras de cada opção.

Bons e maus profissionais existem em todas as áreas, mas um contador incompetente ou desonesto pode quebrar sua empresa, todos nós já ouvimos histórias sobre isso. Portanto, peça sempre indicações antes de contratar seu contador e procure conhecer melhor sua carteira de clientes.

Se for possível, ao menos no início do negócio, peça para que o contador prepare as guias de pagamento, mas assuma a responsabilidade pelo pagamento em si.

É uma forma de você aprender quais os impostos e tributos que devem ser pagos pela empresa.

Outra dica importante é você mesmo verificar, de tempos em tempos, se não existem débitos pendentes em nome de sua empresa por meio das certidões negativas, obtidas facilmente pela internet.

 

Divulgação

Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1207585-contador-e-o-caro-que-sai-barato.shtml  (Publicado em 30/12/2012-05h30)

Como conquistar talentos para a sua pequena empresa

Muitos empreendedores acham que, pelo fato de uma empresa ser pequena, é impossível atrair os melhores talentos --já que é difícil competir com os salários e bônus oferecidos por grandes organizações.

Isso nem sempre é verdade. Há táticas e estratégias para contratar bons profissionais.

Uma boa técnica para conseguir gente talentosa, principalmente no nível de direção, é oferecer um percentual do negócio caso ele (ou ela) permaneça na empresa por um tempo predeterminado --cinco anos, por exemplo
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Outra possibilidade é convidar profissionais que, por razões pessoais, estejam procurando trabalhos que lhes permitam uma maior flexibilidade de horário, o que dificilmente conseguiriam em uma grande empresa.

Pais com filhos pequenos ou pessoas que querem conciliar a carreira empresarial com um mestrado são alguns exemplos.

Além disso, o empreendedor pode também vender a ideia de que trabalhar em uma start-up (empresa iniciante de base tecnológica) é um excelente aprendizado, uma vez que o profissional terá contato com diversas áreas da organização e irá aprimorar o conhecimento sobre temas variados.

Para isso, é preciso vender a ideia de que trabalhar em uma pequena empresa é uma boa maneira de absorver o jeito de pensar do empreendedor, principalmente para aqueles que querem, no futuro, abrir seu próprio negócio.

 

DivulgaçãoTales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1201692-como-conquistar-talentos-para-a-sua-pequena-empresa.shtml (Publicado em 16/12/2012-05h00)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Impressionantes empreendedores

   Reproduo
Eles desafiam o status quo e introduzem e implantam inovações nos ambientes nos quais estão inseridos

Por Laura Cristina Pansarella*

Monet, Manet, Pissaro, Degas e Renoir foram, sem sombra de dúvidas, gênios criadores. Mas, mais do que isso, foram verdadeiros empreendedores. Sim, empreendedores institucionais. Com a ajuda de amigos e aliados, foram capazes de institucionalizar um novo estilo de pintura, o qual valorizava sobretudo a luz, as cores e as pinceladas mais soltas, em oposição ao estilo da pintura realista dominante na época.

O que poucos sabem é que foram também atores protagonistas que lutaram pelo reconhecimento do trabalho e da carreira de artistas marginalizados, revolucionando assim o sistema de arte da época. Mas, afinal, e o que caracteriza os empreendedores institucionais? Empreendedores institucionais vão além das inovações organizacionais. Desafiam o status quo e introduzem e implantam inovações nos ambientes nos quais estão inseridos. Provocam rupturas e verdadeiras revoluções. Por isso, não raramente são aclamados como heróis. Podemos considerar que Mahatma Gandhi foi um dos maiores empreendedores institucionais de todos os tempos, ao mobilizar discursos em torno da independência da Índia.

Casos como esses não são muito comuns no mundo. Fascinam não somente cientistas como também o público em geral. Entre eles podemos citar, por exemplo, um grupo de agentes que lutou pela mudança da imagem das baleias no Canadá – de nocivas a queridas –, o que possibilitou a estruturação do mercado de ecoturismo em torno da observação dos animais. No início dos anos 80, a adoção de novas práticas de RH por um grande escritório de advocacia dos Estados Unidos pode ser considerada outro exemplo. Antes, os advogados que completassem alguns anos de carreira dentro dos escritórios e que não fossem promovidos a sócios eram convidados a sair das empresas. As novas práticas disseminaram-se pelo setor, configurando uma nova relação de trabalho entre os advogados e os escritórios.

Mas “mudar o mundo” definitivamente não é tarefa fácil. Além de boa vontade, exige determinação, coragem e disposição para romper com a estagnação. E, sobretudo, muita cooperação, pois mudanças como essas advêm de construções sociais.

No Brasil, nossos agentes têm feito um excelente trabalho. ONGs e entidades que promovem o empreendedorismo, a mídia de negócios, as universidades e, claro, os empreendedores vêm transformando a imagem do empreendedorismo no Brasil. As estatísticas do último GEM Brasil confirmam que nossos empreendedores, hoje, são valorizados pela sociedade. No entanto, à parte de impressionistas – ops! – quer dizer, impressionantes empreendedores, o que precisamos definitivamente exigir é a cooperação dos agentes da área pública, que possibilitem reformas regulamentais e éticas, transformando as condições de se empreender no país. E viva a impressão do nosso "sol nascente"!

 *Laura Cristina Pansarella é gestora e coordenadora de projetos do FGVcenn (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios) da FGV e pesquisadora de empreendedorismo nas Indústrias Criativas.Email: Laura.pansarella@fgv.br

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI320542-17141,00-IMPRESSIONANTES+EMPREENDEDORES.html (Publicado em REVISTA PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS).