Os primeiros anos de um negócio são críticos, e não é a toa que as estatísticas mostram uma alta taxa de mortalidade de empresas -pesquisas do Sebrae revelam que 27% das corporações brasileiras não conseguem funcionar por mais de dois anos. Para tentar minimizar esse percentual, o empreendedor deve prestar atenção a seus custos fixos, pois são eles que podem inviabilizar o negócio. Custos fixos existem independentemente da quantidade de produtos ou de serviços produzidos. Entre esses custos estão aluguel, salário do pessoal, material de escritório etc. Já os custos variáveis são custos proporcionais à quantidade de bens produzidos, como por exemplo matéria-prima. Se ele não produzir, não precisa gastar com isso. Ao se iniciar um negócio, vale pensar se aquele escritório na Vila Olímpia é mesmo necessário. Em muitas corporações, principalmente nas intensivas em conhecimento, como as consultorias ou as empresas de tecnologia da informação, na maioria das vezes, é o empreendedor quem vai até o cliente. Nesse caso, pode-se trabalhar em casa e alugar uma sala quando houver necessidade. Outra possibilidade é um espaço de "coworking" [compartilhamento de escritórios] ou mesmo uma incubadora, no qual o empreendedor divide o ambiente com outras pessoas. A vantagem disto, além da redução de custos fixos, é o aumento significativo de networking, uma vez que estão todos no mesmo barco e podem indicar clientes, investidores e linhas de financiamento, socializando conhecimento e experiências.
Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1179633-compartilhar-escritorio-reduz-custos-fixos.shtml (Públicado em 04/11/2012 – 05h46)
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