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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Perseverança é qualidade fundamental para empreendedor

Na maioria dos casos, um negócio leva cinco anos para se firmar. Portanto, a perseverança é uma qualidade fundamental para o empreendedor.

Na trajetória de grandes organizações é comum constatar que muitas passaram por dificuldades que quase as obrigaram a fechar.

Mas a obstinação e a teimosia dos empreendedores que não desistiram (às vezes se desfizeram de bens pessoais para investir) acabaram transformando essas empresas.

Um negócio precisa de um tempo de maturação. Primeiro porque conquistar clientes é difícil e mantê-los é ainda mais complicado. Porém, se sua empresa presta um bom serviço, a cada ano ela irá agregar mais e mais consumidores à sua clientela.

Após alguns anos, isso fará com que a organização tenha um número considerável de consumidores fiéis e lucrativos. Portanto, a dica aqui é conquistar novos clientes e retê-los, e ter um bom sistema para mensurar a satisfação do seu público já é um primeiro passo.

Outro motivo pelo qual o empreendedor precisa ter calma é que muitas vezes, com o passar do tempo, ele acaba enxergando uma nova oportunidade dentro (ou até mesmo fora) do negócio inicial.

Por exemplo, o empresário que abre um restaurante e, depois de certo tempo funcionando, percebe que uma empresa de organizações de eventos seria mais lucrativa, redirecionando seu negócio para esse novo nicho. Quem nunca ouviu a história de que a Nokia começou como uma empresa de galochas?

 

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Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

 

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1194078-perseveranca-e-qualidade-fundamental-para-empreendedor.shtml (Publicado em 02/12/2012 – 05h00)

Compartilhar escritório reduz custos fixos

Os primeiros anos de um negócio são críticos, e não é a toa que as estatísticas mostram uma alta taxa de mortalidade de empresas -pesquisas do Sebrae revelam que 27% das corporações brasileiras não conseguem funcionar por mais de dois anos. Para tentar minimizar esse percentual, o empreendedor deve prestar atenção a seus custos fixos, pois são eles que podem inviabilizar o negócio. Custos fixos existem independentemente da quantidade de produtos ou de serviços produzidos. Entre esses custos estão aluguel, salário do pessoal, material de escritório etc. Já os custos variáveis são custos proporcionais à quantidade de bens produzidos, como por exemplo matéria-prima. Se ele não produzir, não precisa gastar com isso. Ao se iniciar um negócio, vale pensar se aquele escritório na Vila Olímpia é mesmo necessário. Em muitas corporações, principalmente nas intensivas em conhecimento, como as consultorias ou as empresas de tecnologia da informação, na maioria das vezes, é o empreendedor quem vai até o cliente. Nesse caso, pode-se trabalhar em casa e alugar uma sala quando houver necessidade. Outra possibilidade é um espaço de "coworking" [compartilhamento de escritórios] ou mesmo uma incubadora, no qual o empreendedor divide o ambiente com outras pessoas. A vantagem disto, além da redução de custos fixos, é o aumento significativo de networking, uma vez que estão todos no mesmo barco e podem indicar clientes, investidores e linhas de financiamento, socializando conhecimento e experiências.    



DivulgaoTales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.



FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1179633-compartilhar-escritorio-reduz-custos-fixos.shtml (Públicado em 04/11/2012 – 05h46)








Ganhos de escala

Se você quiser ser um empreendedor e orientar o seu negócio para o crescimento, então precisará conhecer o conceito de escala. À medida que aumenta a quantidade de bens produzidos, você consegue diminuir o custo desses produtos, pois pode comprar quantidades maiores de suprimentos e negociar melhores preços. A isso chamamos de economia de escala. Um software é um bom exemplo de um produto em que esse conceito é bem evidente. O empreendedor gasta alguns milhares de reais para produzir um programa, mas o custo para replicá-lo e distribuí-lo é muito baixo, já que isso pode ser feito por download pelo comprador do software. No ramo de alimentação, uma forma de se conseguir escala é formatar um modelo de negócio e expandi-lo por meio de um sistema de franquias. É possível também obter economia de escala de forma indireta. Algumas companhias, como as do setor de farmácias ou de construção, fazem parte de redes para compras coletivas. Um grupo de pequenas empresas se junta para comprar matérias-primas coletivamente. Como o volume de produtos adquiridos é maior, os fornecedores diminuem o preço final dos produtos vendidos. O empreendedor tem de quebrar a cabeça para conseguir tornar seu negócio escalável, pois é isso que irá garantir seu crescimento. Fazer alianças com outras empresas, seja na compra de suprimentos ou na distribuição dos bens, pode ser um bom começo.   Divulgao Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1172183-ganhos-de-escala.shtml (Públicado em 21/10/2012 – 06h39)










Escolher o sócio

É comum ouvirmos histórias de negócios que não deram certo por desavenças entre os sócios, o que pode dar a falsa impressão de que o melhor a fazer é tocar o negócio sozinho. Isso não é verdade! É difícil encontrar um empreendedor que entenda a fundo de marketing, de finanças e de operações. É importante ter alguém com quem você possa dividir decisões. Para isso, há duas opções: contratar um executivo ou arranjar um sócio. O problema em contratar um bom executivo logo no início do seu empreendimento é que você terá de desembolsar um bom dinheiro em um momento em que recursos e receitas são escassos. Mas como escolher um sócio? Em primeiro lugar, sócios devem ter conhecimentos complementares. Se você é bom em marketing, arranje sócio que seja bom em finanças. Se você é introspectivo, alguém extrovertido, com com boa rede de contatos, pode ser uma mão na roda. Embora os sócios devam ter conhecimentos complementares, os valores éticos devem ser semelhantes. Se você é alguém correto, não vai conseguir trabalhar com uma pessoa que sonegue impostos. Outro cuidado é a questão dos parentes e amigos. Todos nós já ouvimos casos de familiares que não se falam mais porque brigaram na empresa. Como dica final, consulte sempre um advogado para a elaboração do contrato social, definindo questões como atribuições de cada sócio, rompimento da sociedade e se parentes podem ou não trabalhar na empresa, entre outros problemas.   Divulgao Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1164468-escolher-o-socio.shtml (Publicado em 07/10/2012 – 03h00)











Empreender não é para qualquer um

De tempos em tempos aparecem palavras mágicas em administração. Se qualidade e reengenharia já reinaram absolutas na agenda dos executivos do passado, hoje a palavra da moda é empreendedorismo. Mas empreender não é para qualquer um.
O primeiro passo do futuro empreendedor está mais ligado ao autoconhecimento do que ao empreendimento em si. Vou conseguir viver sem salário pingando todo fim de mês? Consigo trabalhar sem a infraestrutura de uma grande corporação? Terei clientes? Essas são algumas questões a se colocar.
Uma das principais queixas dos empreendedores é a solidão. Em uma grande empresa, decisões são tomadas em consenso e embasadas por uma série de pesquisas de mercado que minimizam o risco de uma decisão errada. No mundo do empreendedor, na maioria dos casos isso não existe. Pesquisas são caras e, muitas vezes, as decisões são tomadas com base na intuição e na experiência.
Outro problema é lidar com os clientes. Certa vez, conversei com um empreendedor que tinha acabado de vender sua livraria. Não aguentou a pressão dos clientes, pois já não conseguia dormir pensando nas reclamações.
Há também a questão do risco. Ninguém em sã consciência gosta de se arriscar à toa, mas o empreendedor deve cultivar essa capacidade --do contrário dificilmente seu negócio irá prosperar.
Mas, como tudo na vida, há sempre o outro lado: nada mais fascinante do que ver que aquele negócio que começou na garagem de casa, junto com aqueles amigos nerds e no qual ninguém botava fé, cresceu e hoje está aí, espalhado pelo mundo.  



DivulgaoTales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1157528-empreender-nao-e-para-qualquer-um.shtml (Públicado - 22/09/2012 – 19h49)









Obter crédito exige muita atenção

Um grande desafio para qualquer empreendedor, iniciante ou não, é como buscar recursos para seu negócio, tanto para as atividades do dia a dia quanto para sua expansão. Apesar das recentes quedas das taxas de juros no país, a obtenção de crédito para pequenas e médias empresas ainda é cara, complicada e burocrática.

Uma primeira dica é não imobilizar capital, deixando assim uma reserva para quando precisar.

Assim, em vez de comprar um ponto comercial, alugue. O custo do aluguel varia entre 0,5% a 1% do valor do imóvel, seguramente bem menor do que as taxas de juros que você terá que pagar ao solicitar empréstimos bancários.

Mas se mesmo assim você tiver de recorrer aos bancos -uma realidade para a imensa maioria dos empreendedores- procure utilizar as linhas de financiamento bancárias específicas para a compra de máquinas, equipamentos ou veículos.

Como esses bens funcionam como garantia do empréstimo, em geral as taxas de juros nesses casos são consideravelmente menores do que os das outras linhas.

Por fim, não pegue a primeira oferta que seu gerente apresentar. Faça uma boa pesquisa em outros bancos; as taxas de juros e as condições de pagamento costumam variar bastante de banco para banco. Procure também linhas específicas de crédito, criadas para determinado propósito, por exemplo para o estabelecimento de franquias ou investimentos em inovação, pois nesses casos as taxas também costumam ser menores.

 

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Tales Andreassi é mestre pela Universidade de Sussex e doutor em administração pela USP. É professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-SP, onde ensina empreendedorismo e inovação. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno 'Negócios, Empregos e Carreiras'.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/talesandreassi/1186684-obter-credito-exige-muita-atencao.shtml (Publicado em 18/11/2012 – 07h05)